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Fique um Passo à Frente: Como se Proteger Online de Hackers e Roubo de Informações

A internet é uma ferramenta indispensável no nosso dia a dia, mas também um terreno fértil para hackers e criminosos que buscam roubar informações pessoais. Em 2022, uma pesquisa da Proofpoint revelou que 78% das empresas brasileiras sofreram ao menos um ataque bem-sucedido de phishing por e-mail, com 23% delas enfrentando perdas financeiras. Diante desse cenário alarmante, saber como se proteger online é mais do que uma opção — é uma necessidade. Neste post, vamos explorar dicas práticas para sua segurança digital e como as leis brasileiras podem te respaldar contra esses crimes.


1. Fortaleça Suas Senhas e Use Autenticação Multifatorial

Uma senha fraca é uma porta aberta para hackers. Use combinações complexas com letras, números e símbolos, e evite repeti-las em diferentes plataformas. Além disso, ative a autenticação multifatorial (MFA), que exige um segundo passo de verificação, como um código enviado ao seu celular. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), Lei nº 13.709/2018, no artigo 46, destaca que empresas devem adotar medidas técnicas para proteger dados pessoais, mas você também pode fazer sua parte reforçando suas defesas individuais.


2. Desconfie de E-mails e Links Suspeitos

O phishing é o método mais comum de roubo de dados, com 3,4 bilhões de e-mails de spam enviados diariamente, segundo dados de 2022 citados pelo IC (Imagem Corporativa).

Certo, mas o que é phishing?

Phishing é uma técnica de ataque cibernético usada por criminosos para enganar pessoas e roubar informações sensíveis, como senhas, dados bancários ou informações pessoais. No phishing, os criminosos geralmente se passam por uma fonte confiável — como um banco, uma empresa conhecida ou até um amigo — enviando mensagens falsas por e-mail, SMS, WhatsApp ou outras plataformas.

Essas mensagens frequentemente contêm:

Links maliciosos: Ao clicar, você pode ser levado a um site falso que imita o original (ex.: uma página de login do seu banco) para roubar suas credenciais.

Anexos infectados: Arquivos que, ao serem abertos, instalam malware no seu dispositivo.

Pedidos urgentes: Frases como "Sua conta será bloqueada" ou "Confirme seus dados agora" para pressionar a vítima a agir sem pensar.

Você pode se proteger verificando o remetente (e-mails como "suporte@bancco.com" com erros são suspeitos). Não clique sem certeza, passe o mouse sobre links (sem clicar) para ver o URL real.

Assim, antes de clicar em links ou baixar anexos, verifique o remetente e procure por sinais de fraude, como erros de português ou domínios estranhos. No Brasil, a Lei nº 12.737/2012, conhecida como Lei Carolina Dieckmann, no artigo 154-A, pune a invasão de dispositivos para obtenção de dados sem autorização, com pena de detenção de 1 a 4 anos, além de multa — um respaldo legal, apesar de brando, para denúncias de ataques desse tipo.


3. Mantenha Softwares Atualizados

Hackers exploram vulnerabilidades em softwares desatualizados. Um exemplo disso foi o ataque global de Ransomware "WannaCry" em 2017, que afetou mais de 70 países, conforme reportado pela Conjur. Mantenha seu sistema operacional, antivírus e aplicativos sempre atualizados para corrigir falhas de segurança. O Marco Civil da Internet, garante seu direito à privacidade online, mas depende de você manter suas ferramentas em dia.


4. Cuidado com Redes Wi-Fi Públicas

Conectar-se a redes Wi-Fi públicas sem proteção pode expor seus dados a criminosos. Use uma VPN (Rede Privada Virtual) para criptografar sua conexão. A LGPD reforça que o tratamento de dados sensíveis só pode ocorrer com consentimento ou em situações específicas, como proteção da vida, o que sublinha a importância de você controlar quem acessa suas informações.


5. Monitore Suas Contas e Denuncie Incidentes

Fique atento a atividades suspeitas, como login não reconhecido ou transações estranhas. Caso seja vítima de um ataque, denuncie! O Código Penal Brasileiro, artigo 154-A (alterado pela Lei Carolina Dieckmann), criminaliza o acesso não autorizado a sistemas, enquanto a LGPD, responsabiliza empresas por vazamentos, podendo gerar indenizações. Uma pesquisa da Cybersecurity Ventures estima que os custos globais do crime cibernético alcançarão US$ 10,5 trilhões até o final de 2025, evidenciando a urgência de agir rápido.


Dicas Extras Baseadas em Pesquisas

  • Phishing em Alta: Segundo a Proofpoint, 58% das empresas brasileiras enfrentaram tentativas de ransomware em 2022, com 46% delas sendo bem-sucedidas. Fique alerta!

  • Prevenção é Chave: A Gartner prevê que, até 2026, empresas com programas contínuos de gestão de exposição a ameaças terão três vezes menos chances de sofrer violações. Adapte essa lógica para sua vida pessoal.

Livros Recomendados para Aprofundar o Tema

  • "Crimes Cibernéticos: Ameaças e Procedimentos de Investigação" (2ª Edição) - Emerson WendtEste livro é um guia prático para investigação de crimes digitais, com linguagem simples e exemplos reais, como um caso envolvendo o Facebook. Útil tanto para leigos quanto para profissionais da área jurídica ou de segurança. Veja mais sobre aqui: https://amzn.to/4hZjoc5

  • "Trilhas em Segurança da Informação: caminhos e ideias para a proteção de dados" - Carlos Cabral e Willian Caprino: Uma coletânea de artigos de especialistas brasileiros que oferece diferentes perspectivas ("trilhas") sobre como proteger dados e ativos em organizações. Veja mais sobre aqui: https://amzn.to/3Xs0LW3

  • "Guerra Cibernética: A Próxima Ameaça à Segurança Nacional e o que Fazer a Respeito" - Richard A. Clarke e Robert K. Knake: Este livro explora o impacto da guerra cibernética em nível nacional e global, com uma visão estratégica sobre tecnologia, governo e defesa. Inclui um artigo extra sobre segurança ofensiva na edição brasileira. Veja mais sobre aqui: https://amzn.to/3XnzUdT

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